ATO FINAL
O início do fim
O início do fim
(Silêncio)
(Ela suspira e liga a máquina. O monitor acende. Ela aperta os olhos para que suas pupilas se adaptem à luz da interface. Mais um suspiro antes de experimentar a familiar e reconfortante sensação de pressionar as teclas do teclado e materializar seus pensamentos e sentimentos em desabafos textuais eletrônicos....)
Eu-lírico:
- A vantagem é que, pelo menos, dá pra economizar o que eu gastaria com a terapia!
(Ela suspira e liga a máquina. O monitor acende. Ela aperta os olhos para que suas pupilas se adaptem à luz da interface. Mais um suspiro antes de experimentar a familiar e reconfortante sensação de pressionar as teclas do teclado e materializar seus pensamentos e sentimentos em desabafos textuais eletrônicos....)
Eu-lírico:
- A vantagem é que, pelo menos, dá pra economizar o que eu gastaria com a terapia!
Cortinas fechadas: (som do "tec-tec" no teclado)
*****
Esse é o meu momento individual de ver as coisas juntas.
Em uma perspectiva um tanto quanto non sense, cada vez mais acredito que os seres humanos são narradores-personagens de suas próprias histórias, que diariamente constroem suas vidas a partir de um conjunto de expectativas e decepções intercaladas que se materializam e, depois, se manifestam como reação às diversas pressões sociais a que são trivialmente submetidos.
Isso supõe que a vida cotidiana é atravessada por uma miríade de anônimas cenas teatrais, em que desepenhamos dezenas de ignorados ou inconscientes papéis. Em muitos momentos, acabamos por protagonizar o conflito como antagonistas de nós mesmos e de tudo em que sempre acreditamos, vivendo situações que se cristalizam, como aquelas que são previamente traçadas, reguladas e automatizadas, conforme manda o figurino.
Criamos nossas rotinas, estabelecemos nossos valores, projetamos nossos sonhos e significamos o que nos proporciona prazer e conforto como representação quase que ritualística de nossa forma de pensar e agir no mundo. Não sabemos lidar com imprevistos e relegamos tudo que é contrário ou que ataca a nossa cena cotidiana ao gênero das pequenas tragédias.
O fato é que, à mercê de heróis ou vilões, a vida é mesmo uma grande narrativa, seja ela teatral, literária, cinematográfica e até jornalística. Em alguns momentos é trágica, em outros romântica, quiçá, cômica, mas é narrada, sim, por nós mesmos, embora suscetível a manipulações.
A essência do ser humano é realmente saber atuar em diferentes cenários, procurando identidade nas mais diversas formas de representação e dando vazão a um eu-real que se confunde com um eu-fictício em um ritmo acelerado e cíclico.
Hoje, eu vivo, dramatizo e represento minha própria realidade. Sou muito mais personae de minha própria existência do que posso admitir.
(Será que fez sentido? Acho que ando perdendo o foco.)
Em uma perspectiva um tanto quanto non sense, cada vez mais acredito que os seres humanos são narradores-personagens de suas próprias histórias, que diariamente constroem suas vidas a partir de um conjunto de expectativas e decepções intercaladas que se materializam e, depois, se manifestam como reação às diversas pressões sociais a que são trivialmente submetidos.
Isso supõe que a vida cotidiana é atravessada por uma miríade de anônimas cenas teatrais, em que desepenhamos dezenas de ignorados ou inconscientes papéis. Em muitos momentos, acabamos por protagonizar o conflito como antagonistas de nós mesmos e de tudo em que sempre acreditamos, vivendo situações que se cristalizam, como aquelas que são previamente traçadas, reguladas e automatizadas, conforme manda o figurino.
Criamos nossas rotinas, estabelecemos nossos valores, projetamos nossos sonhos e significamos o que nos proporciona prazer e conforto como representação quase que ritualística de nossa forma de pensar e agir no mundo. Não sabemos lidar com imprevistos e relegamos tudo que é contrário ou que ataca a nossa cena cotidiana ao gênero das pequenas tragédias.
O fato é que, à mercê de heróis ou vilões, a vida é mesmo uma grande narrativa, seja ela teatral, literária, cinematográfica e até jornalística. Em alguns momentos é trágica, em outros romântica, quiçá, cômica, mas é narrada, sim, por nós mesmos, embora suscetível a manipulações.
A essência do ser humano é realmente saber atuar em diferentes cenários, procurando identidade nas mais diversas formas de representação e dando vazão a um eu-real que se confunde com um eu-fictício em um ritmo acelerado e cíclico.
Hoje, eu vivo, dramatizo e represento minha própria realidade. Sou muito mais personae de minha própria existência do que posso admitir.
(Será que fez sentido? Acho que ando perdendo o foco.)
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PRIMEIRO ATO
O Recomeço
PRIMEIRO ATO
O Recomeço
Cortinas abertas: (Palco escuro. Som do despertador quebra o silêncio)
(Ela abre os olhos e desliga o alarme do relógio, que marca pontualmente 6h15 da manhã. Suspiro, bocejo, suspiro...)
Eu-lírico:
- Mais um dia pra viver! O tempo reporá tudo em seu lugar.
(Ela abre os olhos e desliga o alarme do relógio, que marca pontualmente 6h15 da manhã. Suspiro, bocejo, suspiro...)
Eu-lírico:
- Mais um dia pra viver! O tempo reporá tudo em seu lugar.
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*Déjà vú é usualmente pensado como uma impressão de já ter visto ou experimentado algo antes, que aparentemente está a ser experimentado pela primeira vez.
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