segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Entre 4 paredes

Já faz dias que penso em mil coisas sobre as quais gostaria de escrever e postar aqui, mas as palavras não fluem mais como antigamente. Há tempos não consigo me concentrar em uma ideia. Tenho vários textos começados, mas a maioria incompletos...

É engraçado perceber, afinal, que nem tudo na vida tem início, meio e fim. Nem todos os seres humanos conseguem alcançar a façanha de todas as etapas cumpridas, cada uma a seu tempo. O que eu quero dizer é que a vida (pelo menos a minha) está longe de ser uma linha reta. E isso é fato. Vejam os exemplos da literatura e do cinema: as melhores histórias são as que não começam pelo começo.

Calma, não vou dissertar sobre Matrix nem nada do gênero. Na verdade, não sei qual a finalidade desse post. Talvez ele nem tenha uma, a não ser a vontade de encontrar alguém que leia isso e me diga que eu não sou a única louca a olhar pela janela, às vezes, e sentir como se o mundo lá fora girasse em outro ritmo, diferente de como gira aqui dentro entre as minhas quatro paredes. É como se eu pudesse desprender minha alma e fazê-la dançar uma valsa, enquanto meu corpo estremece e vibra ao som de um bom e velho rock'n roll.

Eu gosto de ver tudo numa lentidão alucinada, de sentir as coisas fervendo em um frio extenuante. Sei que não faz sentido. Isso é porque as antíteses são charmosas, embora as metáforas é que estejam sempre comigo. E é por isso que, se eu fosse escolher um formato para definir a vida, a minha não seria uma reta ou um círculo nem mesmo linhas em paralelo. A minha vida tem 4 lados. Sempre. São momentos que iniciam, vão ao clímax e terminam em um único enquadramento, que pode se repetir, mas não segue um contínuo.

Não, por mais que pareça, não fumei um antes de escrever essas loucuras, rsrsrs!! Na verdade, isso pode ser um outro sintoma... Para minha própria surpresa, dia desses, me vi discordando de alguém que comentava algo a respeito sobre a possível "morte do amor". Se alguma vez eu disse isso (e sei que disse muitas vezes), me concedo aqui, hoje, o benefício da dúvida.

Talvez o amor ainda não tenha morrido. Talvez ele esteja apenas escondido ali entre o início, o meio e o fim, uma das etapas do todo que eu ainda não vivi. Ou ainda, talvez, ele tenha surgido e passado despercebido, como num desses breves instantes que a vida faz eternos na lembrança. Não tenho certeza, nunca tive, mas estou disposta a descobrir...

sábado, 10 de outubro de 2009

Vigília

Essa é a época em que a cidade demora a dormir. Já é tarde e todas as luzes continuam acesas. E é incrível como o brilho atrai...





*****


Para ver imagens do Círio de Nazaré, clique aqui e aqui.