quinta-feira, 11 de junho de 2009

Defeito de fábrica

Chega um momento na vida de uma mulher em que simplesmente não é mais possível acreditar nessa história de amor. A gente se acostuma a ser tratada como um pedaço de carne e é só isso que passamos a ver quando olhamos no espelho.

De um tempo pra cá, eu até aprendi a ter auto-estima e a me dar mais valor, mas é difícil quando tudo que esperam de você é fetiche, pura fantasia de um corpo sem rosto e sem sentimento.

Não é tão simples, não é uma questão de se sujeitar ou se prestar ao papel. É cultural... Herança da Revolução Industrial, uma sociedade capitalista que quer mulheres fabricadas em série e em larga escala, educadas para satisfazer desejos.

Eu não concordo com isso, não queria que fosse assim, mas é assim que é. Queria poder ainda acreditar em romance, mas é simplesmente impossível nesses tempos em que se preza mais pela quantidade do que pela qualidade.

É por isso que querem me queimar na fogueira quando falo com muita naturalidade que mão acredito nesse tal amor e nem espero mais ser arrebatada em uma manhã de verão pelo príncipe no cavalo branco. A essa altura do campeonato, o mínimo que eu exijo é um pouco de educação, alguns elogios, quem sabe carinho...

A minha natureza (humana, do tipo fêmea), não vai me impedir de, no dia seguinte, criar expectativas sobre telefonemas e segundos encontros, mas isso é só por força do hábito.

Em alguns momentos de fraqueza, também pode acontecer de eu desejar um abraço quente e protetor, um cafuné no cabelo e um buquê de flores, mas nada que um cartão de crédito, uma caixa de chocolates e uma pizza com bastante queijo não resolvam.

Amanhã, talvez, quem sabe, eu conheça alguém que realmente valha a pena... ou não!!! Nããããoooo. Isso é conto de fadas. Eu já passei dessa fase.

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Mas, para os que amam: Feliz dia dos namorados!!


Fazer o quê? O amor vende!!

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5 comentários:

john disse...

Eu acredito no amor, acredito no romance à moda antiga, com flores, pequenas declarações , ligações no meio da noite, aquele aperto no peito, sem sentido, ate´um pouco dolorido, mas muito querido(eu e minha mania de rimar)
acredito em serenatas desafinadas e todas as loucuras proporcionadas pelo amor, por que já vivi um assim, e infelizmente ele se foi, mas deixou guardadas boas lembranças que carregarei para sempre comigo... e saiba senhorita de sandálias que os átomos em bora invisíveis a olho nu, não deixam de existir por isso, eles continuam lá, esperando serem devidamente desvendados, pelo equipamento certo, e percebo em suas palavras que vc afirma algo que n convence nem a vc mesma. vc diz não acreditar no amor, mas conserva o sonho de toda menina , de encontrar um príncipe, e nesse ponto acho que vc peca, pois a verdadeira nobreza do homem não está em títulos, posses e nem mesmo na estética hoje tão "cultuada", e sim na dignidade, na honra e na ombridade coisas raras atualmente , mas raridade não quer dizer extinção. e caso vc não acredite em amor à primeira vista, é sempre bom limpar os óculos e dar uma segunda olhada.
abraços e feliz dia dos namorados para a senhorita

Interferência disse...

Curioso pra ler a tese da pesquisadora. Só acho que o mínimo de um ano de relacionamento seja pouco. E tb acho que amor, mais do que anjos e corações, responde principalmente pela praticidade física e emocional. Solidão é uma bola de neve. Quando se está velho, é complicado chutar o balde e querer se surpreender com alguém. Melhor aproveitar a juventude pra isso (olha quem fala, hehehe).

Jen disse...

eu concordo c a minha manhinha... esse papo de amor nao existe mesmo... agente é forçado a creditar q sim e fica a vida inteira esperando e procurando por algo q nao existe... no fundo as pessoas so ficam juntas por conveções, c for coniente p elas... c alguem puder me dar um exemplo de amor realmente verdadeiro e bem sucedido e me provar q é mesmo... quem sabe eu acredito.... senao... continuo desiludida...

CrápulaMor disse...

Poxa, eu ainda acredito que um dia vou ser arrebatado pelo grande amor da minha vida. Olhando pra coisa racionalmente, acho improvável. Mas me comvém muito mais olhar pra coisa irracionalmente. Até porque a racionalidade não tem nada que ver com as coisas do amor, tem? Sei lá... mas me convém!

john disse...

concordo com o individuo acima com louvor rsrs
abraço