Chega um momento na vida de uma mulher em que simplesmente não é mais possível acreditar nessa história de amor. A gente se acostuma a ser tratada como um pedaço de carne e é só isso que passamos a ver quando olhamos no espelho.
De um tempo pra cá, eu até aprendi a ter auto-estima e a me dar mais valor, mas é difícil quando tudo que esperam de você é fetiche, pura fantasia de um corpo sem rosto e sem sentimento.
Não é tão simples, não é uma questão de se sujeitar ou se prestar ao papel. É cultural... Herança da Revolução Industrial, uma sociedade capitalista que quer mulheres fabricadas em série e em larga escala, educadas para satisfazer desejos.
Eu não concordo com isso, não queria que fosse assim, mas é assim que é. Queria poder ainda acreditar em romance, mas é simplesmente impossível nesses tempos em que se preza mais pela quantidade do que pela qualidade.
É por isso que querem me queimar na fogueira quando falo com muita naturalidade que mão acredito nesse tal amor e nem espero mais ser arrebatada em uma manhã de verão pelo príncipe no cavalo branco. A essa altura do campeonato, o mínimo que eu exijo é um pouco de educação, alguns elogios, quem sabe carinho...
A minha natureza (humana, do tipo fêmea), não vai me impedir de, no dia seguinte, criar expectativas sobre telefonemas e segundos encontros, mas isso é só por força do hábito.
Em alguns momentos de fraqueza, também pode acontecer de eu desejar um abraço quente e protetor, um cafuné no cabelo e um buquê de flores, mas nada que um cartão de crédito, uma caixa de chocolates e uma pizza com bastante queijo não resolvam.
Amanhã, talvez, quem sabe, eu conheça alguém que realmente valha a pena... ou não!!! Nããããoooo. Isso é conto de fadas. Eu já passei dessa fase.
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Mas, para os que amam: Feliz dia dos namorados!!
Fazer o quê? O amor vende!!
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